Tuesday, July 15, 2014

Os seios cosmicos / LOS SENOS COSMICOS (EN PORTUGUES)

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Os seios cosmicos


Para dar santos nomes de japa
ao que chamo duas pera formosas,
dois faróis de peito,
não tenho de ir à Índia
E repito: Tetas, tetas, tetas!
o mantra de teus seios a descoberto

Gravo na memória os cones
com a lisura que suspeito
e abro a contagem para minha voz
mesmo antes de evocar
as entidades que souberam
espalhar a galaxia
com leite e mel do Universo

Para que ficar olhando seu próprio umbigo
em um túnel nirvânico nos frios Himalaias,
se detrás de minha porta, onde está teu banho
fica a camiseta que os cobre,
carcereiros cúmplices de tuas pombas,
pares de japa japa
e pelas quais escrevo
seu texto em meus lábios
e tenho um fluxo aliterativo
até que o gozo supremo
jogue minha torre abaixo?

Tetas, tetas, tetas!
As dualidades de teu peito
primoroso podem não estar disponíveis
para minha espaço-temporalidade,
aqui e agora... maldição!
por que o pano encobridor
quando não tens de banhar-te,
conspiração de corpetes.

Mas não importa!
Continuarei o ritual modesto
até que sejas minha vizinha favorita.
E não necessitarei dar nome santo
aos peitinhos que, dito divinamente,
são duas tetas maravilhosas.

Alguém se atreve
agudiza sua vontade insólita por milagres
irrompe pelo teto, se machuca
com muita esperança,
mas só a ti, japa ninfática, fiat, o faça-se,
lá vou eu, olhe bem, seu bobo, quando sacodes
o soutien pelas calçadas
e manifestas dois fantasmas em minha boca.

Cada vez que te vejo, faço mantras!
e tu o sabes; preparo-me para santificar
o instante delicioso em que desnudas
teu torso para deitar na cama.
Com meus olhos, escorri a luz
e roubei lava de teus vulcões
para que teus japa japa madruguem
então, friorentos
de respiração e mordiscos
2-5-1984 / Del libro «Tantralia»
de Carlos López Dzur / Traducción: Carlos Gohn

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